Todo ano e durante o ano todo a vocação se faz presente. Assim o AVAR – Ano Vocacional Agostiniano Recoleto – é uma realidade sempre atual. O final de 2008 marca o encerramento do AVAR 2008 mas não esgota o tema das vocações. Do mesmo modo que o final de um caminho é o início de uma outra jornada, o término de 2008 não concretiza o final do propósito do AVAR. Este cumpriu seu propósito: plantar a semente de frutos a serem cultivados com amor e colhidos com alegria. Vale a pena rever os objetivos mais abrangestes do AVAR 2008:
- Desenvolver uma cultura vocacional comunitária, nova, valente, criativa e integradora das vocações;
- animar os religiosos e leigos para que divulguem a forma de vida agostiniano-recoleta e ofereçam um acompanhamento e vivência personalizados nas diversas etapas do processo de amadurecimento cristão na fé.
O pano de fundo do AVAR 2008 foi o de criar uma CULTURA VOCACIONAL, isto é, uma nova forma de evangelização que afeta pessoas e ministérios. CULTURA VOCACIONAL nada mais é do que a escuta atenta de Deus. A pastoral vocacional anuncia a iniciativa de Deus que ama e que chama, gratuitamente, pedindo em retorno uma resposta livre e generosa de quem é chamado. Seguir Cristo – o primeiro chamado que se torna chamante – implica tornar-se agente de uma pastoral (vocacional), que nada mais é do que testemunhar e ser instrumento para anunciar a todos a vocação como caminho de santidade, como adesão e como seguimento do Mestre Supremo a modo de fazer visível e crível o rosto amoroso e misericordioso de Deus.
Citando Santo Agostinho (e aproveitando as comemorações do Ano Paulino), vemos que “Paulo foi derrubado para ser cegado; foi cegado para ser mudado; foi mudado para ser enviado; foi enviado para que a Verdade aparecesse”. A CULTURA VOCACIONAL pode nos deixar cegos em diversas instâncias da vida pois precisamos ver as coisas de modo diferente. Vivenciando as palavras de Santo Agostinho seremos mudados em alguns ou em muitos aspectos de nossas vidas. Não podemos ser enviados se não mudarmos por dentro, se não tivermos uma nova visão ou uma visão mais aprofundada do que já enxergamos nos aspectos vocacionais: todo esse dinamismo cria CULTURA VOCACIONAL.
A CULTURA VOCACIONAL reclama uma constante e progressiva conversão, conversão esta que mudou radicalmente tanto Santo Agostinho como São Paulo. A vida é um dom de Deus e o ser humano é “imago Dei” (imagem de Deus) e tem um desejo no seu coração de voltar a encontrar-se com o Eterno. Citando novamente Santo Agostinho, constatamos que “Fizeste-nos, Senhor, para Vós e nosso coração está inquieto enquanto não descansar em Vós, ó Senhor”. Somos todos peregrinos neste mundo, seres humanos caminhando em busca de um destino: viver na presença de Deus e contemplá-lo.
O AVAR 2008 nos ajudou a viver melhor nossa vocação de filhos, de seres humanos que buscam, que esperam, que amam, que confiam e que desejam encontrar-se um dia com Deus. Junto com as Olimpíadas de Pequim, que se celebraram em 2008, o AVAR acendeu a tocha da esperança, da alegria, da amizade, da unidade, da paz, da fraternidade, da verdade, do encontro de corações que se entrelaçam e proclamam que Deus é bom e que vale a pena valorizar, defender e promover a vida no seu início, no seu crescimento e também no seu declínio.
É urgente e necessário criar uma CULTURA VOCACIONAL que favoreça a escuta de Deus pois o mundo vive uma cultura de massa surda da voz do Espírito. Precisamos nos fazer contemporâneo de Cristo Jesus para favorecer o encontro vital e a adesão ao projeto de vida de Nosso Salvador.
Com o “AVAR 2009, 2010, 2011...” queremos com nosso coração inquieto fazer o exercício de olhar para dentro de nós mesmos pois é no interior de cada ser humano que se encontra a Verdade, e Verdade é o próprio Deus. O AVAR permanente é o querer lutar, pensar, correr, tentar e recomeçar. E quando faltarem as forças, saberemos a quem recorrer, buscar e apelar. Caminhemos com Ele e toda jornada será bem aproveitada.
A mensagem que eu deixo para os jovens vocacionados, jovens e leigos que trabalham com a pastoral vocacional é que se espelhem
Um comentário:
Estatuto do Nascituro foi aprovado na CSSF – Vitória dos Bebês
Foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara esse Projeto de Lei que elimina a possibilidade da descriminalização do aborto definindo o direito à vida desde a concepção. Do lado positivo, o Estatuto garante assistência pré-natal e acompanhamento psicológico para a mãe; e o direito dela de encaminhar a criança à adoção, caso assim o deseje. Se identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, este será responsável por pensão alimentícia e, caso não seja identificado, o Estado será responsável pela pensão. Lamentavelmente sete parlamentares presentes votaram contra por serem a favor do aborto (1 comunista, 4 petistas, 1 do PMDB e 1 do PSDB) : Dr. Rosinha (PT-PR), Henrique Fontana (PT-RS), Pepe Vargas (PT-RS) .Darcísio Perondi (PMDB-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Rita Camata (PSDB-ES), e Jô Moraes (PC do B-MG).
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